Transtorno de personalidade borderline: quando o termômetro das emoções desregula
Dramáticos, manipuladores, ‘’sensíveis demais’’, estes são alguns dos rótulos utilizados por amigos, parentes, chefes para se referir às pessoas com o chamado transtorno de personalidade borderline. Para além dos sintomas apresentados e descritos nos manuais de classificação e diagnóstico, você já pensou sobre como estas pessoas (ou até mesmo você, se for o caso de ter este diagnóstico) sofrem?
Você pode estar pensando: ‘’ah, mas todos nós sofremos e passamos por dificuldades; isso é drama ou "mimimi’’ ‘’. Verdade, todos nós sofremos, mas para pessoas com este transtorno não é tão simples assim. Aquela fechada que você recebe no trânsito e te deixa com muita raiva na hora, mas que logo que você chega em casa você esquece, para alguém que tenha este transtorno esta raiva pode ser tão intensa que pode durar horas e levar a comportamentos que podem colocar a pessoa ou outras em risco. Aquela conversa desafiadora com um amigo que te deixa muito triste, mas que em alguns dias você já está bem e apesar de tudo segue fazendo suas coisas, pode demorar dias para estas pessoas e sem que elas consigam continuar a fazer suas atividades cotidianas. E sim, há uma sensibilidade maior nelas, inclusive biológica, de como reagem às situações e demoram mais para voltar ao estado anterior.
Se fizermos uma comparação, pessoas com transtorno de personalidade borderline tem dificuldades em regular suas emoções. É como se o termômetro que medisse a intensidade e frequência das emoções não funcionasse tão bem e, assim, elas têm mais dificuldades de avaliar as situações e como agir para resolvê-las de maneira efetiva. Por isso, muitas vezes essas pessoas se engajam em comportamentos autolesivos, uso abusivo de substâncias lícitas e ilícitas, relacionamentos abusivos, pois tudo isso são maneiras que elas encontram de lidar com tamanha intensidade de suas emoções. Comportamentos que funcionam, porém, momentaneamente e não de forma efetiva e/ou duradoura.
E sabe o que aumenta mais ainda este sofrimento? As pessoas ao redor que não entendem porque alguém sofre tanto ou é mais sensível e, muitas vezes sem ter a intenção, acabam invalidando esta dor chamando a pessoa de dramática, manipuladora, dentre outras coisas.
Mas, existem formas de aprender a regular este termômetro das emoções e construir uma vida baseada em valores. Se você se interessou e quer saber mais sobre como a psicoterapia pode ajudar nestes casos, entre em contato.
Aqui na Imago utilizamos a abordagem mais indicada para estes casos (a terapia comportamental dialética - DBT).
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